segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

.2009

Perdi um pouco de tempo. Perdi um pouco de dinheiro. Perdi um amor que eu achava que era pra vida toda. Perdi alguns amigos que achei que sentia falta, mas que vi que não fazem falta nenhuma. Perdi sonhos. Perdi ilusões. Perdi a esperança em algumas pessoas. Perdi quilos, e ganhei outros.Perdi muitos medos. Perdi.
Também aprendi.
Aprendi que neim tudo que quero pode não ser bom para mim. Aprendi que alguns sonhos podem ser reais, e tornarem-se pesadelos. Aprendi que aquele abraço de meio corpo não é o desejo de um beijo. Aprendi também que abraço de corpo todo não mente o desejo. Aprendi que amor cresce na cabeça, mas morre dentro do peito. Aprendi que muitas verdades ditas nem sempre são entendidas.
Aprendi a esperar o pior, quase sempre. Aprendi a calar. Aprendi a não chorar (ou pelo menos engolir o choro). Aprendi a amar a solidão. Aprendi que amor é lento, tanto pra vir, quanto pra ir. Aprendi que a dúvida me levar a sensatez.
Também descobri.
Descobri meu lado ruim, que estava escondido. Descobri que sou engraçada mesmo triste. Descobri o pavor de ter medo. Descobri o medo de perder todos os medos. Descobri meu gênero literário favorito. Descobri filmes encantados. Descobri músicas que mechem com a alma. Descobri que o mesmo remédio que cura, em excesso causa dependência. Descobri que amar dói. Descobri que ser amado por quem você não ama, pode doer mais ainda.
Também doei.
Meus melhores momentos, minha atenção. Doei meus sorrisos. Doei minhas palavras. Doei abraços, doei meus ombros para carregar outros pesos. Doei meus ouvidos. Doei um pouco de todo o amor que recebo.
E também ganhei.
Ganhei mais responsabilidades. Ganhei tempo para mim. Ganhei concursos que sempre quis. Ganhei amor. Ganhei atenção. Ganhei carinho. Ganhei versos. Ganhei rugas. Ganhei conselhos, elogios, críticas. Ganhei cicatrizes. Ganhei presentes. Ganhei amigos.
E também fui, ou cheguei a ser por alguns momentos.
Fui aquela esperança. Fui aquele motivo pros sorrisos. Fui um grande motivo de preocupação. Fui a razão da discussão. Fui o abraço apertado. Fui o amor calado. Fui a amiga perdida. Fui a pessoa covarde que desiste. Eles não sabem que para desistir foi preciso muita coragem. Fui a decepção. Fui eu mesma, nos dias bons e nos dias ruis. Fui romance. Fui drama. Fui suspense. Fui musical. Fui comédia.

Ganhei todos os dias, uma oportunidade de fazer tudo diferente. E não fiz. Ganhei a certeza de ter feito o melhor que podia. Fui feliz.

E assim espero ser, e continuar sendo.
Eu mesma, sempre!
=)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

.impossível ser tão simples assim?

Queria que fosse assim... alguém...

Que possa olhar e me entender, e que eu não precise dizer uma palavra.
Que seja forte o bastante para admitir ser fraco, que seja corajoso para avançar apesar do medo enorme de querer parar.
Que sinta amor. Amor verdadeiro, que flui, como rio, enfrenta obstáculos e pedras do caminho e vence. Não um sentimento mesquinho, uma água parada, uma poça.
Que seja homem o suficiente para cumprir promessas, mesmo as que não forem feitas. Que seja menino no riso, na pureza, na entrega.
Que seja honesto na hora da conversa séria, que não fuja da realidade, da confusão.
Que não se esconda embaixo da coberta, atrás do muro, da dúvida, do medo.
Que seja poeta até sem escrever. Que seja músico mesmo sem cantar.
Que seja amigo, que seja namorado, que seja confidente.
Que me surpreenda e que se deixe ser surpreendido.
Que conheça meus desejos antes mesmo de eu tê-los dito.
Que tenha sensibilidade e paciência para entender os dramas que eu criar, que tenha jeito para me fazer sair de mim e voltar.
Que pegue em minha mão para atravessar aquela rua perigosa, que me mande ficar do lado de dentro da calçada, que escolha o filme que eu queira ver, que saiba o que eu gosto de comer.
Que me de presentes sem datas marcadas, que me ligue, me escreva cartas.
Que cante desafinado a minha música favorita.

Que me faça feliz, mesmo não sendo nem fazendo nada disso.
E principalmente que me ame sem eu precisar pedir.

sábado, 5 de dezembro de 2009

.Janta

¨Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade
Eu quis te convencer, mas chega de insistir
Caberá ao nosso amor o que há de vir...¨

 
TOPO
©2007 Elke di Barros Por Templates e Acessorios