terça-feira, 26 de maio de 2009

C.L

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

.constelação

e quando o céu fica pequeno para tantas estrelas... como a gente faz?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

.eu

"...Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia..."

domingo, 17 de maio de 2009

.poder sentir

Não sei bem como posso definir esse sentimento novo em mim.
É quase a mesma sensação daquele medo maluco de andar de montanha-russa pela primeira vez, mas quando você ta la em cima é aquela adrenalina deliciosa, e quando acaba você quer mais e mais e está encantado pelo tal brinquedo novo. Não que você seja um brinquedo pra mim, mas talvez você me faz tão feliz quanto ter algo bom.
Eu andava meio assim, com medo de arriscar... Mas quando você perde o medo fica tudo tão bom...
Não quero idealizar um futuro, só quero deixar o tempo rolar e ver no que que dá...
Não vou esconder meu coração desta vez eu não vou mais ficar quieta em questão de estar apaixonada, pode ser fácil falar,e difícil é demonstrar... Sei que sou meio mongol e não sei usar bem as palavras, mas prometo que to me esforçando.
Não sei se vai valer a pena, mas quando você me olha nos olhos, quando eu estou a seu lado, quando você me pede pra falar algumas bobagens, quando você me chama para dar um beijo de boa noite, quando você de despede e fala AMOR, quando você me abraça forte e diz que queria ficar assim pra sempre... tudo isso me faz acreditar que pode dar certo...
Hoje é aquele dia em que todas as pessoas te desejam felicidades, amor, paz saúde e tudo mais.
E eu não vou ser diferente... Te desejo as melhores coisas que o mundo pode oferecer... e sei que você tem todo potencial do mundo pra atingir.
Então viva, seja feliz, e acredite nos seus sonhos.
Espero que por mais muitos e muitos aniversários eu possa te abraçar e comemorar com você igual dessa vez.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

.eu só preciso

...eu acredito muito na força das palavras. Qualquer pequena frase pronunciada com sinceridade me comove, me espanta, me alegra ou me entristece de uma maneira irreversível. Talvez por isso para mim as promessas tenham tanto valor. Pode ser o juramento mais inocente da face da terra. Não importa. Mas se um singelo e significativo 'juro e prometo' foi dito, ele deve ser cumprido...

terça-feira, 5 de maio de 2009

.aquela

Aquela certeza acompanhada de alguma confusão interior... Aquela empolgação acompanhada de uma sensação de solidão eterna...
São essas idéias que vêm e vão dentro da minha caxola...aquelas perguntas que não param de incomodar e incomodar...
Uma mistureba de sentimentos sem identidade...sentimentos que não consigo sequer explicar como e quais são...
Olho para as minhas certezas e as questiono de forma irredutível...
Olho para essa tal solidão, antes vista como liberdade, e tento fugir dela com todas as minha forças... Santa estupidez!
Alguém de bom coração que lê esse humilde blog poderia tentar me entender? E se conseguir eu pago uma prenda, perco (ou não) o jogo e entrego meu coração, nas mãos...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

.periférico (Tati Bernardi)

Pareço um sapo cego dando uma linguada no ar, não vejo o inseto, mas sei que ele está lá. Molho o ar na espera de lamber sua coxa, a pele com menos pêlos atrás do seu joelho. Lamber sua virilha, sentir seu cheiro, brincar com seu umbigo perfeito e boquiaberto por causa da barriguinha. Quem sabe descobrir alguma sujeirinha ali no umbigo, um resto de algodão, um resto de salgadinho vagabundo, um resto de prazer. Eu te amava depois do banho, eu te amava indo trabalhar sujo de mim, eu te amava humano e eu te amava, sobretudo, alienígena e com sono de sentir a vida.
Sinto saudades de respirar o mais profundo possível, como já escrevi antes, perto de sua nuca. E descobrir novidades sem nome e sem solução. Sinto saudades de me perder tentando entender de que tanto você sorria, de que tanto você brilhava, de que tanto você se perdia e se escondia.
Peço licença ao meu ódio tão feio e tão infinito para te amar só mais uma vez. Quero te amar sozinha aqui, na minha casa nova, em minha quase nova vida. Quero esquecer todo o nada que você representa e dar contorno aos desenhos que não saem da minha cabeça. Nunca entendi seu coração, nunca entendi seus olhos, nunca entendi suas pernas, mas só por hoje queria poder lamber sua fumaça para que ela permanecesse mais, pesasse mais.
É libertador esquecer meu desejo de vingança, a vontade que tenho de explodir sua vida, o vício que tenho de passar mil vezes por dia, em pensamento, ao seu lado. E pisar em cima da sua inexistência e liberdade. Chega disso, só pelo tempo em que durarem estas letras e a música que coloco para reviver você, vou te amar mais esta vez. Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes, como se não te amasse sempre.
Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como podia ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo. Ainda assim, há meses, há séculos que se arrastam deixando tudo adulto demais, morto demais, simples demais, exato e triste demais, eu sinto sua falta com se tivesse perdido meu braço direito.
Esse amor periférico, ainda que não me deixe descoberto o peito, me descobre os buracos. Não são de suas palavras que sinto falta. Não é da sua voz meio burralda e do seu bocejo alto demais para me calar e me implorar menos sentimentos. Não é, tampouco, do seu abraço. Sua presença sempre deixou lacunas e friagens que zumbiam macabramente entre tantas frestas sem encaixe.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existe morte para o que nunca nasceu.
Sinto falta mesmo, para maior desespero e inconformismo do meu coração metido a profundo, de lamber suas coxas, a pele mais lisa atrás dos joelhos. Lamber sua virilha, sentir seu cheiro, brincar com seu umbigo, respirar sua nuca, engolir sua simplicidade, me rasgar com sua banalidade, calar sua estupidez, respirar seu ronco, tocar sua inexistência, espirrar com sua fumaça.
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, uma pessoa sem poesia, sem dor, sem assunto para agüentar o silêncio, sem alma para agüentar apenas a nossa presença, sem tempo para que o tempo parasse. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza.
Sinto falta da raiva, disfarçada em desprezo, que você tinha em nunca me fazer feliz, sinto falta da certeza de que tudo estava errado, mas do corpo sem forças para fugir, sinto falta do cheiro de morte que carregávamos enquanto ainda era possível velar seu corpo ao meu lado, sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, de não dar conta, de não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.
Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.

 
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