quarta-feira, 16 de setembro de 2009

.Clarice Lispector

Queria poder continuar a vê-lo, mas sem precisar tão violentamente dele.


Ela, ao se sentir protegida por ele, passara a ter receio de perder a proteção - embora ela mesma não soubesse ao certo que idéia fazia de "ser protegida": teria, por acaso, o desejo infantil de ter tudo, mas sem a ansiedade de dever dar algo em troca? Proteção seria presença?


Era como se ele quisesse que ela aprendesse a andar com as próprias pernas e só então, preparada para a liberdade (...) ela fosse dele.



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