sexta-feira, 19 de junho de 2009

.amor não se pede

A menininha sabe sentir medo... Sabe não ser tão mulher assim... Sabe o que quer mas não sabe como falar...
Viver novamente um passado não muito distante a atormenta, a faz pensar em tudo, e a faz entrar em pânico...
A menininha está confusa, indecisa, com o coração na boca, com a alma partida e perdida pelos cantos do país...
A menininha tenta sim ser uma mulher, enfrentar os problemas de frente, falar e não guardar mais o que sente... Mas não é tão fácil assim.


¨... Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.
Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo:
pularia pelada de bungee jump.
Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer
espírito.
Mas amor não se pede, imagine só.
Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou
aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso.
Ei, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de
uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.
Ei, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.
Amor não se pede, é uma pena.
Minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei...¨

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