segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Não, eu não tenho bola de cristal.

Dificílimo adivinhar que que se passava na cabeça dele... Passou a noite toda com conversas pela metade e infundadas.
Ele, muitas vezes, ignorava o que ela dizia, outras fingia que a ignorava, mas também fingia que prestava atenção no que os outros conversavam.
Mesmo assim, ele não conseguia disfarçar um interesse, mesmo que mínimo. Não conseguia deixar de perceber que ela sempre o mencionava nas conversas. Não conseguia deixar de ver o que os olhares dela diziam.
Ela tentou ser fria, o máximo que pôde. Ele também, embora fingindo não se importar com ela.
Ela não conseguia mais fingir não querer. Já estava cansada de tentar ler os olhos, de ouvir as palavras que lhe enchiam a cabeça com mil perguntas sem respostas. Em parte, já havia desistido de tentar tê-lo. Sabia que já não bastava apenas o querer dela. Esperava o querer dele mais que tudo. A vontade dele.
O mesmo desejo dela, nele.
Já estava cansada de tanto tentar, e não obter o que tanto queria. Já havia esgotado todas as formas de entender. Na verdade, ela ainda tinha alguns truques guardados na manga, mas estes dependiam do querer dele, totalmente. Sentia falta de ser desejada... Alias, sentia que era desejada, mas que isso ainda não se tornara óbvio o bastante para tomar uma atitude. Até que ela entregou o jogo, desistiu e não foi mais a luta. E ele, obviamente, deu a sua cartada final e no final da noite se fez querer, se fez presente e a fez não entender mais nada, de novo, como sempre!

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