quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

.capacidade

Axo que foi a sua capacidade de me deixar feliz em questão de segundos. Ou o caminhar despreocupado, o piscar de olhos um tanto lento, a voz firme e arrastada como de quem a qualquer momento vai soltar um riso ainda que a situação seja das mais constrangedoras.
Foram os olhos doces, que de tão profundos me fazem por vezes tremer; e por como segura as minhas mãos sem se importar com nada mais em volta no mundo inteiro.
Deve ter sido a maneira em que me apoio no teu braço esquerdo pra dormir o que me tem feito querer tanto, mas tanto... Ou a maneira como acende meu cigarro pra me entregar depois... e assim... me ensinar tuas palavras... e aprender as minhas. E rir.
É por me fazer confrontar a mim mesma, e perceber que algumas coisas como a vergonha que sinto de tudo não tem a mínima utilidade. É esse teu sorriso rouco que não me deixa te esquecer, e o teu interesse por um par de coisas minhas que eu mesma julgava desinteressante.
Pode ser a tua capacidade de me chamar de linda pela manhã, quando a beleza produzida se esvai por completo e só fica a humanidade, ali exposta...
É a tua força, e como encara a vida de forma crua; a tua esperança naquilo que é palpável, e como me olha, me paralisa a alma , quando ninguém vê.
Porque eu amo a verdade que vive no teu olhar, amo a tua coragem e esse punhado de coisas até então impossíveis que eu encontrei quando te conheci. E te digo que não espero nada além de um amanhã tranqüilo e que eu sinta paz toda vez que pensar em ti. Quanto a ti, que sintas paz quando pensares em mim. E sim, quero ser quem você lembra quando tem a certeza de que não está só.


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